O Prémio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa, todos os anos atribuído no Brasil pela PT, e já um dos maiores e mais prestigiados prémios literários do Brasil, foi para o livro O Filho Eterno, de Cristovão Tezza, romance a que tinha sido já atribuído o importante prémio Jabuti. A obra, que aborda a experiência de criar um filho com síndroma de Down, será editada em Portugal pela Gradiva. Esperemos que o prémio acelere a edição. Sobre o prémio, pode-se ler uma notícia exaustiva (embora com a foto do autor errado…) aqui. Numa das últimas sessões de Os Livros Ardem Mal, Gonçalo M. Tavares falou-me com entusiasmo do romance de Tezza, que espero ler muito em breve.

Ao prémio concorriam escritores não apenas brasileiros: o angolano Ondjaki com Os da minha Rua, ou o português António Lobo Antunes, com Eu Hei-de Amar uma Pedra.

Como se pode ler no site do escritor, incluído desde o início na página Escritores, deste blogue, Tezza tem uma curiosa relação com Coimbra, pois, e cito,

 

Em dezembro de 1974, foi a Portugal estudar Letras na Universidade de Coimbra, matriculado pelo Convênio Luso-Brasileiro, mas como a universidade estava fechada pela Revolução dos Cravos, passou um ano perambulando pela Europa.

Ou seja: a Revolução ofereceu a Tezza um ano de passeio… Os links deste texto são bem curiosos, pois apresentam uma foto do autor no pátio da universidade e um desenho seu da Clepsidra, ponto de encontro de pelo menos uma geração de estudantes da universidade.

De Cristovão Tezza, universitário da área dos estudos literários, com uma tese sobre Bachtin e o Formalismo Russo, pode-se ler também no seu site uma série de resenhas e textos críticos editados em várias publicações periódicas brasileiras.

 

Osvaldo Manuel Silvestre